Texto de Frei Sérgio Antônio Görgen

 

Por que a Agricultura Camponesa Familiar é um pilar estratégico para um projeto de Nação e para a transição ecológica necessária enfrentar a crise do clima, produzir alimentos saudáveis, para o bem da sociedade?

Porque faz melhor gestão dos recursos naturais;

Porque tem reservas de saberes e práticas estratégicas para a convivência humana e a produção de alimentos saudáveis;

Porque responde com rapidez e eficácia aos estímulos públicos;

Porque pode exercer extensa prestação de serviços ecossistêmicos, tais como, ar puro, água limpa, sequestro de carbono, preservação de paisagens e biodiversidade, equilíbrio do ciclo das águas e do ciclo de carbono;

Porque tem disposição para inovar, é multifuncional, pluriativa, polivalente, versátil e tem alta flexibilidade tecnológica;

Porque resiste melhor a situações e períodos de crises climáticas, econômicas e sanitárias;

Porque promove a ciclagem de nutrientes na escala das paisagens;

Porque tem facilidade de interação com os mercados locais e regionais;

Porque estabiliza e diversifica o abastecimento interno de alimentos saudáveis e culturalmente adaptados, com qualidade, variedade, sabor, potencial nutritivo e alta diversidade;

Porque é fundamental para a ocupação e povoamento integral do território nacional;

Porque é grande geradora de postos de trabalho dignificantes e a baixo custo;

Porque é base social para o desenvolvimento do Brasil interiorano;

Porque promove pluralidade e estabilidade democrática ao Estado de Direito;

Porque pode diversificar a pauta de exportações de alimentos e produtos à base de fibras, madeiras, cosméticos, medicamentos de origem fitoterápica, bebidas, sucos, temperos, tintas e condimentos;

Porque pode responder, junto com agricultura e pecuária de porte médio, também à pauta de exportações hoje vigente, porém com outro modelo, variedade de produtos e outra qualidade nutricional baseada nas formas ecológicas de produção.