“Quero ser vereador em São Paulo para levar para a Câmara Municipal projetos e programas que busquem reduzir as desigualdades sociais, que possam gerar renda, que possam gerar empregos, que possam restabelecer políticas públicas vigorosas na nossa cidade.”

São as palavras de Edson Carneiro Índio, um dos mais importantes dirigentes sindicais do país, líder da Intersindical, que agora é candidato a vereador no município de São Paulo e fala ao TUTAMÉIA sobre sua campanha, seus planos e projetos.

A entrevista com Índio é a primeira de uma série em que apresentamos concorrentes à Câmara que conhecemos e cuja trajetória política temos acompanhado nos últimos anos. O projeto se chama “Cinco Perguntas para Cinco Candidatos”: além do dirigente bancário, que é candidato pelo PSOL, teremos também as participações de Juliana Cardoso, Antônio Donato, Carmen Silva e Eduardo Suplicy, todos candidatos pelo PT.

Nascido em Promissão, no interior de São Paulo, Índio tem 52 anos e está na capital desde os anos 1990. Bancário e professor, graduado em Ciências Sociais e Geografia, é importante ativista social e, junto com Guilherme Boulos, foi um dos fundadores da Frente Povo Sem Medo.

Na entrevista (assista à integra clicando no vídeo no alto da página e se inscreva no TUTAMÉIA TV), ele respondeu assim quando perguntamos por que deseja ser vereador em São Paulo:

“Quero ser vereador em São Paulo para levar para a Câmara Municipal projetos e programas que busquem reduzir as desigualdades sociais, que possam gerar renda, que possam gerar empregos, que possam restabelecer políticas públicas vigorosas na nossa cidade.

“São Paulo é a cidade mais rica do país, tem o quinto maior orçamento da nação. Tem muitos problemas, tem muitas mazelas, mas também tem muitas possibilidades, muitas potencialidades que a gente precisa aproveitar em benefício principalmente das comunidades das periferias.

“Para além do trabalho do vereador, de fiscalização do executivo, apresentação de projetos de lei, de buscar ter na Câmara figuras independentes do poder econômico, independência da especulação imobiliária e dos esquemas que muitas vezes controlam os pedaços da cidade, para ser vereador em São Paulo é preciso ter um projeto de país, é preciso ter um projeto de nação, tem de discutir os grandes temas da nação, que impactam a vida da nossa cidade, a maior cidade do país.

“São Paulo é uma das maiores cidades industriais do sul do mundo, e nós vivemos um processo de desindustrialização brutal. Há um conjunto de políticas que vieram dos últimos anos e que têm degradado bastante a vida em nossa cidade. A gente sabe que alguns temas são temas nacionais, mas um vereador em São Paulo tem de debater os grandes projetos, tem de debater o teto de gastos, tem de defender a soberania nacional, tem de discutir a importância da democracia, enfim, tem de discutir um projeto de desenvolvimento para nosso país.

“Por isso quero ser vereador, para buscar apresentar na Câmara Municipal projetos que melhorem as condições de vida em nossa cidade, mas também apresentar e apontar um projeto de país, um projeto de nação, que tem identidade com muita gente que pensa o nosso país, que pensa o desenvolvimento nacional e que sabe que nosso país não pode seguir nessa toada do desmonte do estado, do desmonte dos direitos sociais, do entreguismo brutal que esse governo aponta, de entregar todas as nossas riquezas. É um governo lambe-botas do capital financeiro, do Trump, e nós precisamos, portanto, fiscalizar as ações da prefeitura, apresentar projetos, mas também debater um projeto de nação, um projeto de nação para que as mulheres e homens do Brasil, a nossa gente possa viver com dignidade.”