O que está em curso no Brasil hoje é um “assassinato da soberania nacional”, denunciou o ex-senador Roberto Requião ao falar durante o lançamento em São Paulo da Frente Nacional Contra Privatização, na manhã desta quinta-feira (19.09) na Assembleia Legislativa.

Presidente de honra do movimento, Requião afirmou que a venda das empresas estatais se constitui em crime contra o patrimônio do povo brasileiro: “Empresas estrangeiras e fundos de pensão tem comprado no Brasil mercadoria roubada do povo por um governo rigorosamente ilegítimo” (assista à fala de Requião clicando no vídeo acima).

Contra isso, afirmou, é preciso a união dos brasileiros: “Nós queremos uma frente ampla, para o restabelecimento da democracia, o restabelecimento da soberania brasileira, mas deve ter como objetivo primário, na minha opinião, a defesa do referendo revogatório de todas as barbaridades que esse governo tem feito”.

No mesmo sentido falaram diversos dos participantes da mesa, em que estavam ainda a senadora Zenaide Maia (PROS-RN), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, e o coordenador do movimento, deputado federal Patrus Ananias (PT-MG).

Dirigentes sindicais e de movimentos populares também levaram sua palavra de denúncia da ação do governo Bolsonaro contra o Brasil e contra suas categorias e atividades especificas –parlamentares de São Paulo também apontaram a ação deletéria do governo Dória, que “pactua com a sanha privatista da turma do Paulo Guedes”, no dizer do deputado estadual Teonilio da Costa, o Barba.

A questão da entrega das empresas nacionais, por sinal, foi o centro da manifestação do ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira, que afirmou: “Protestamos violentamente contra essas privatizações que estão acontecendo aqui, que são injustificáveis”.

Disse ainda: “É impressionante o que essa operação Lava Jato, que começou como uma coisa séria e depois virou um esquema de perseguição contra o Lula e contra o PT, é impressionante ver o ataque que fez às empresas, implicou uma desnacionalização em massa”.

Alertou também que “o Brasil está ficando para trás não apenas da China, que é óbvio, mas está ficando para trás de todos os países em desenvolvimento”.

Por isso, conclamou: “Nunca foi tão importante a defesa da nação brasileira como é hoje. A nação brasileira está sendo violentamente atacada. O nacionalismo está esquecido”.