“Depois de passar as primeiras angústias, a situação vai se estabilizar. Começa a haver um movimento de solidariedade. Se a pandemia servir para o despertar da consciência humana, é a coisa mais importante que pode acontecer. Esse vírus pode fazer com que percebamos isso, que estamos todos interligados. Utopia? Talvez, mas a utopia é o que leva a mudanças. Temos oportunidade de despertar para uma consciência mais elevada”.
Palavras da monja Coen em entrevista ao TUTAMÉIA (acompanhe no vídeo acima e inscreva-se no TUTAMÉIA TV).
A líder budista diz estar muito descontente com Bolsonaro, que “é fruto de uma sociedade de violência”, avalia. Condena as carreatas que pedem a volta ao trabalho, afirma: “É por ganância, querem matar as pessoas. Fazer as pessoas correrem risco é assassinato. O egoísmo está destruindo tudo”.
Para ela, “temos de nos acostumar a ficar em casa, a gostar uns dos outros, a respeitar o outro, a aprender a conviver com pessoas que não são iguais”. A quarentena, enfatiza, deve levar as pessoas a buscar conversas e informações pelo computador ou celular. “Há canais de comunicação, é preciso buscar esses canais. Podemos estar em casa, mas não estamos sozinhos”.
Na entrevista ao TUTAMÉIA, monja Coen fala de sua rotina nessas semanas de isolamento, de suas leituras e atividades caseiras _como desinfetar os mantimentos que recebe. Trata de princípios budistas, rememora casos e defende a saúde pública, o SUS, como essencial no enfrentamento da pandemia. E declara: “Precisamos cuidar dos mais frágeis, dos mais vulneráveis. Democracia é isso”.
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