Homossexual declarado, no início dos anos 1950 foi humilhado em público, impedido de acompanhar estudos sobre computadores, julgado e condenado à castração química pelo governo britânico. Hoje, quase setenta anos depois, é escolhido para ser o novo rosto na nota de 50 libras (foto no alto), conforme anunciou o presidente do Banco da Inglaterra nesta segunda-feira (15/07).

Estou falando de Alan Turing, conhecido como o “pai” da computação e da inteligência artificial, herói da Segunda Guerra Mundial, quando coordenou a equipe que desvendou segredos de encriptação dos nazistas. Turing também foi um atleta dedicado e um maratonista amador de ótimo nível, o que me levou a escrever, em 2014, uma reportagem sobre ele para a revista “02”, que reproduzo a seguir tal como foi publicada.

GÊNIO, GAY, CASTRADO E CORREDOR

GREVE GERAL!!!!

Os trabalhadores nas minas de carvão tinham seu movimento havia dois dias. Contra uma redução de salário de mais de 10% e aumento da jornada de trabalho, paralisaram os mergulhos nas profundezas da terra, de onde extraíam o principal combustível da época, que fazia mover a indústria britânica nos idos de 1926.

Apesar da união dos mineiros, sua ação não foi suficiente para dobrar os patrões, firmemente apoiados pelo governo e pelas forças repressivas. Buscaram então ajuda de seus irmãos trabalhadores. Desde o início da madrugada de 4 de maio, o movimento ganhou força.

Em solidariedade, os gráficos pararam, assim como os trabalhadores nas empresas de gás e de eletricidade, na indústria química e na siderúrgicas, nas gráficas e na construção civil. Também cruzaram os braços os ferroviários e os motoristas de ônibus urbanos.

Alheio ao movimento, no interior do país um garoto só queria uma coisa: começar seus estudos, ir à escola, sair do tacão familiar e descobrir o mundo que existia lá fora. Não podia perder o primeiro dia de aula.

Com o vigor de seus 14 anos, não pensou duas vezes. Se não havia ônibus nem outra maneira fácil ou confortável de dominar a estrada, faria do próprio corpo o motor de seu transporte. Pegou sua bicicleta e pedalando se foi a cruzar os cem quilômetros até a escola pública de Sherborne, em Dorset.

O episódio é revelador não apenas da resistência, mas principalmente da determinação que Alan Turing iria demonstrar ao longo de sua vida. Ele se tornaria um dos grandes matemáticos da história, pai da computação, herói da Segunda Guerra Mundial e vítima da brutalidade da legislação homofóbica britânica. Também foi um grande corredor –por pouco, pouco, muito pouco mesmo, não participou da maratona olímpica de Londres-1948.

Também por muito pouco deixou de nascer na Índia, então possessão britânica. Lá seu pai trabalhava como assistente de coletor de impostos e magistrado. A família já tinha um rebento, nascido em 1908, mas a situação começava a se complicar: a população indiana iniciava rebeliões contra o opressor externo e contra os poderes dominantes locais.

Julius decidiu que a segunda gravidez de Ethel deveria se desenrolar em território mais favorável. Voltaram à Inglaterra, que também vivia uma onda de manifestações –as sufragetes lutavam pelo direito das mulheres ao voto, a Irlanda iniciava sua luta contra o rei–, mas era um lugar mais calmo que as terras d`além-mar.

Alan Mathison Turing nasceu em 23 de junho de 1912 em Paddington, Londres, onde viveu uma infância conturbada. Não tinha sequer um ano quando seu pai decidiu voltar à Índia, sendo seguido pela mãe poucos meses depois. John, com cinco anos, e Alan, que mal começava a caminhar, foram deixados com a família Ward.

O coronel Ward e sua esposa eram um casal que amava a disciplina –atuava com tutor de vários jovens—e, patriotas, estimulava seus pupilos a participarem de jogos militares. O objetivo era que se tornassem “homens de verdade”.

Nem John nem Alan estavam a fim de aceitar tais regras. Não poucas vezes, se recusavam a participar de disputas e não queriam saber de devolver agressões. Em cartas aos Turing, os Ward várias vezes reclamaram do estilo “voluntarioso” do jovem Alan.

Ele acabou devolvido aos cuidados da mãe, que voltou a Londres em 1917, mas continuava rebelde. Não gostava de ir às celebrações da igreja anglicana, mas era um ótimo estudante, como notou sua babá, que o considerava “muito inteligente” para uma criança tão jovem. Ele teria aprendido a ler em apenas três semanas, mas não se dava bem com os coleguinhas na escola primária, onde era considerado uma espécie de nerd, pois não gostava de esportes e mergulhava nos estudos.

Talvez essa fosse uma das explicações para sua ansiedade em mudar de ares na adolescência, dispondo-se a pedalar o que para muitos pareceriam quilômetros sem fim.

De fato, os anos em Sherborne revolucionaram a vida de Turing. Seus professores de matemática logo notaram sua grande capacidade na área –um deles chegou a classificá-lo de “gênio”. Em literatura e redação, era lamentável, sendo pior apenas em estudos bíblicos, disciplina considerada muito importante na escola pública britânica. “Não posso perdoar sua atitude em relação aos debates do Novo Testamento”, escreveu sobre ele um dos seus professores.

Acabou repetindo o primeiro ano em Sherborne, onde veio a conhecer o que muitos consideram o grande amor de sua vida, o jovem Christopher Morcom, outro geniozinho da época. Os dois formaram uma dupla imbatível na área de pesquisa científica, ainda que não tivessem chegado a ser exatamente um par romântico.

Enquanto isso, Turing corria. Como todos os alunos de escolas públicas, era incentivado –quase obrigado—a praticar esportes. Não se dava bem em atividades coletivas, mas gostava de correr. A prática solitária, acreditam biógrafos, era uma forma de ele tentar se entender melhor.

Antes do fim do curso, sua vida foi devastada. Vítima de tuberculose, Morcom morre cerca de três anos depois de os dois terem se conhecido. Turing se abate, mas resolve continuar a carreira como homenagem ao amigo.

Em 1931, entra na faculdade, é aceito no King`s College, em Cambridge. Continua a correr, mas aos poucos vai abandonando o esporte em benefício do remo. Nunca foi um grande atleta na modalidade, mas se dava razoavelmente bem e conseguia manter o corpo em boa forma.

Seu desempenho acadêmico é excelente e, ao completar o curso, acaba aceito como bolsista pesquisador na universidade. É quando começa a desenvolver suas pesquisas mais profundas no terreno da matemática.

Lá publica um artigo que lança as bases da computação moderna. Nele, propõe uma máquina capaz de fazer todos os cálculos possíveis, desde que tenha as instruções adequadas. “Cada um que digita num teclado de computador, abre uma planilha eletrônica ou escreve usando um processador de texto está trabalhando em uma versão da máquina de Turing”, escreveu a revista “Time” na edição em que escolheu as cem mais importantes personalidades do século passado –Alan Turing era uma delas.

Seu trabalho científico foi muito além –anos mais tarde, investiria no que hoje conhecemos como inteligência artificial.  No futuro, acreditava ele, a integração homem-máquina seria pacífica e cotidiana. “Um dia, veremos a damas levando seus computadores para passear no parque. Sorrindo, vão comentar umas com as outras: `Meu computador me disse hoje numa coisa tão interessante…`” (De certa forma, é que fazemos hoje, ao “conversarmos” com as Siris da vida em nossos celulares inteligentes).

Naquele período, já se sentia o cheiro de guerra no ar. Como outros cientistas e pesquisadores, Turing era um pacifista e chegou a entrar no Conselho Antiguerra, que se propunha a organizar greves entre trabalhadores da indústria bélica, se e quando o país resolvesse se envolver numa aventura militar. Mas os principais interesses do matemático eram mesmo no terreno científico, e ele atravessou o Atlântico para fazer seu doutorado em Princeton, nos Estados Unidos.

Quando enfim estourou a Segunda Guerra Mundial, em 1939, ele já estava de volta à pátria e foi convocado para o esforço militar contra os avanços de Hitler. Tendo sua genialidade reconhecida pelo alto escalão militar britânico, somou-se à nata dos especialistas que trabalhavam na área de contraespionagem em Bletchley Park.

Sua missão era quebrar os códigos da Armada alemã, até então indecifráveis. Graças às mensagens embaralhadas, a Alemanha vinha impondo derrotas seguidas à frota britânica –a cada mês, navios que somavam mais de 200 mil toneladas eram afundados por Hitler.

Comandando os hackers da época, Turing desenvolveu o método que derrubou o Enigma –um sistema de engrenagens capaz de embaralhar as letras das mensagens antes da transmissão por telégrafo– e acabou por desvendar os códigos alemães. “Ele ajudou a reduzir a Guerra em pelo menos dois anos”, teria dito Winston Churchill, o líder britânico de então, sobre o trabalho do cientista. “Não é exagero dizer que, sem sua brilhante contribuição, a história da Segunda Guerra poderia ter sido muito diferente”, afirmou em 2009 outro primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown.

Apesar de tudo isso, Turing saiu da guerra como entrou, desconhecido do grande público. Seu trabalho era supersecreto e assim permaneceu –até a máquina que engendrou, o Colossus, antepassado dos computadores de hoje, foi destruída em nome do segredo militar.

Nos tempos de guerra, o cientista mal conseguia manter seu hobby: o tempo era quase todo destinado ao trabalho. Aproveitava reuniões mais distantes para continuar em forma: não raras vezes, foi visto correndo de um prédio a outro. Algumas vezes, chegou mesmo a ir até Londres nas próprias pernas, cobrindo distância estimada em mais de 60 quilômetros –era um ultramaratonista amador.

Na volta à vida civil, recuperou a atividade física de forma mais organizada. Trabalhava no Laboratório Nacional de Física e, nos horários em que podia, corria. E bufava.

“A gente mais ouvia do que via Turing correndo”, diz Peter Hastings, que mais tarde seria um de seus colegas em um clube de corrida. “Ele passava por nós bufando, fazia um barulhão, parecia grunhir enquanto corria. E seguia como uma bala.”

Numa dessas oportunidades, o pessoal do clube conseguiu atrair a atenção do cientista amalucado –há quem diga que chegava a guardar sanduíches no cachimbo, o que parece um exagero e uma impossibilidade física.  Perguntaram se ele corria por alguma agremiação e, ao saberem que era independente como um passarinho, fizeram o convite na hora.

Em pouco tempo, ele se tornou um dos mais importantes corredores do Walton Athletic Club. Seus colegas mal sabiam o que Turing fazia, mas o consideravam boa gente. Certa vez, quando o clube mandou pela primeira vez uma delegação para competir no exterior, na Holanda, Turing não pode ir, mas deu cinco libras –um dinheirão na época– para Hastings, com a recomendação: “Compre uma cerveja para a turma”.

Em agosto de 1946, Turing conquista sua primeira vitória no clube, a julgar pelo registro feito em “Athletics”, a revista do Walton AC. Venceu uma prova de três milhas (cerca de 5 km) em pista, com o tempo de 15min37s8. Pode não parecer grande coisa, mas é preciso lembrar que ele já tinha então 34 anos e vinha de uma vida sem treinamento regular de corrida. De qualquer forma, era mais do que razoável –o recorde britânico da época era de 13min53s2.

Em dezembro daquele ano, ele comeu cerca de dez segundos de sua marca. Além disso, tinha desempenho destacado em provas de cross—coutry, que disputava com afinco e frequência. Em diversas vezes, chegou em segundo lugar, enfrentando atletas de ponta, como Alec Olney, que iria competir nos 5.000 m nos Jogos de Londres-1948.

A Olimpíada, aliás, parece ter sido um dos sonhos do corredor, apesar de já ser então um veterano. Ao longo de 1947, investiu em distâncias mais longas.

Em março, participou de um campeonato de cross-country no terreno gelado de Apsley, em Buckinghamshire. Em abril, foi o quarto colocado numa prova de dez milhas (16 km), que completou em 54min43 –um minuto à frente de Stan Jones, que seria um dos representantes britânicos na maratona olímpica. Em maio, foi o terceiro numa prova de 20 milhas, chegando em 2h06min18.

Foi quando julgou sua preparação completa. Era hora de testar o corpo na rainha de todas as corridas, a maratona. Em 12 de julho, numa prova organizada pela companhia de eletricidade britânica, conquistou o quarto lugar com a marca de 3h01min23.

Seu ritmo de provas deixaria doidos técnicos modernos, que dão ênfase à necessidade de recuperação e descanso. Em agosto, exatamente um mês depois do debute na maratona, defendeu e manteve seu título nas três milhas de Walton. E, 15 dias mais tarde, voltou a competir em uma maratona.

O resultado foi esplendoroso. Talvez a experiência adquirida tenha ajudado. O certo é que o cientista limou mais de 15 minutos de seu tempo, fechando em 2h46min03 a maratona em Loughborough, promovida pela entidade máxima do atletismo bretão. O tempo lhe valeu o quinto lugar na disputa.

Acabou sem chances de participar dos Jogos de Londres, mas seu desempenho pode ser considerado brilhante para alguém que passa a maior parte do tempo fazendo cálculos matemáticos e pensando no futuro da computação: terminou 1947 na nona posição no ranking dos maratonistas britânicos.

É que o cara treinava muito, como atestam seus contemporâneos no Walton. “Uma vez, cheguei a perguntar para ele por que ele forçava tanto nos treinos”, conta o já citado Hastings. “Meu trabalho é tão estressante que a única forma de tirá-lo de minha cabeça é correndo o máximo que posso”, foi a resposta.

E, de fato, Turing continuou correndo enquanto podia. Uma lesão acabou por derrotá-lo e o último registro dele como corredor foi sua participação em uma prova de revezamento em 1950.

Já então ele estava investindo em pesquisas cada vez mais inovadoras. Trabalha com inteligência artificial e desenvolve o Teste de Turing –o computador que, por ventura, viesse no futuro a passar o teste, seria considerado inteligente [em junho último, foi anunciado que um sistema havia tido sucesso no teste, mas o resultado foi contestado pela comunidade científica]. Também investiga sistema biológicos e trabalha com morfogênese –o processo de modelagem dos organismos vivos.

Também assumiu sua homossexualidade, que tinha ficado “no armário” nos tempos em que atuava no Laboratório Nacional de Física, como atesta o colega de corridas: “Nunca tivemos nenhuma indicação de que ele fosse gay. Ficava com a gente nos vestiários, com 20 ou 30 homens nus, e nunca fez nenhuma insinuação”.

Com mais de 40 anos, já não tinha mais nada a esconder. Começou uma relação com um jovem desempregado, que revelara um certo pendor pela ciência. O romance logo degringolou, pois Arnold Murray, objeto da paixão de Turing, passou a praticar pequenos furtos, pegando dinheiro escondido. O cientista descobriu e expulsou o parceiro de casa.

Meses depois, o local foi invadido, a casa foi roubada. Turing acusou o ex-companheiro, que afirmou ser inocente, mas revelou quem era o verdadeiro assaltante. No julgamento, ficou patente o fato de Alan Turinbg ser homossexual. E o processo tomou um rumo que, visto com os olhos de hoje, é absurdo e criminoso.

O próprio Turing passou a ser processado, acusado de “indecência”. Ele se declarou culpado.  A sentença era um ano de prisão ou liberdade provisória, sob a condição de se submeter a tratamento para o que era considerada sua “doença”.

Preferiu a liberdade, que acabou por lhe custar a vida. O tal tratamento não era mais do que uma castração química. Ficou impotente. As mamas cresceram, seu sistema nervoso foi abalado. Passava por ondas de depressão e desespero.

Mesmo assim, continuava suas pesquisas e inventava distrações. Uma delas era o que chamava de “jogo da ilha deserta”, que envolvia a produção de objetos para a sobrevivência usando apenas material que tinha em casa. Enveredou por pesquisas de um matador de pragas biológico e um sistema para dourar colheres –este envolvia o uso de cianeto de potássio em pequenas doses.

Na manhã  de oito de junho de 1954, uma quinta-feira, a empregada de Turing chegou à casa do cientista e o encontrou morto, uma baba branca saindo de sua boca e uma maçã mordida sobre a mesa –o cientista era fanático pela história de  Branca de Neve e tinha assistido várias vezes o filme produzido por Walt Disney.

O inquérito policial decretou que a morte havia sido suicídio por envenenamento, mas até hoje a família contesta o veredito.

O fato é que Turing, gênio, gay, herói de guerra e corredor, foi vítima de seu tempo, da ignorância e da brutalidade do sistema. Só em 2009 o governo pediu desculpas pelo crime cometido contra Turing. O então primeiro-ministro Gordon Brown foi o responsável pela declaração oficial:

“Apesar de Turing ter sido julgado pela lei da época, e nós não podemos voltar atrás no tempo, seu tratamento foi completamente injusto, e fico satisfeito hoje por ter a chance de dizer o quão arrependidos estamos pelo que foi feito a ele. Alan e muitos milhares de outros homens gays condenados pela legislação homofóbica foram tratados terrivelmente. Ao longo dos anos, milhões de outros sofreram com medo da punição. Tenho orgulho de dizer que isso hoje é passado”.

Mais ou menos. Dois anos depois do pedido de desculpas, o governo britânico negou anistia ampla geral e irrestrita para Turing, alegando que ele havia sido julgado de acordo com as leis da época. Só no ano passado, 59 anos depois da morte do homem que ajudou a derrotar Hitler, a rainha o declarou perdoado pelo crime de ser homossexual.

A declaração oficial afirma: “O doutor Alan Turing foi um homem excepcional (…), que ajudou a acabar com a Segunda Grande Guerra e a salvar milhares de vidas. Sua trajetória foi depois obscurecida pela condenação por atividade homossexual, uma sentença que hoje consideramos injusta e discriminatória e que é agora revogada. (…) O perdão da Rainha é um tributo a um homem excepcional”.

O perdão e o pedido de desculpas só aconteceram depois de ampla mobilização da comunidade científica. Ativistas gays alertam que, ainda que a ação do governo deva ser saudada, ela precisaria se estender aos cerca de 50 mil condenados com base na legislação homofóbica, hoje não mais em vigor na Grã-Bretanha.

Além de festejado pela comunidade acadêmica, Turing continua a ser lembrado pelo mundo da corrida. O Turing Relay é uma ultramaratona de revezamento, com distância total de quase 57 quilômetros percorridos em terrenos em que o cientista costumava treinar. Cá no Brasil, foi realizada no ano passado em Porto Alegre a Corrida Alan Turing, prova de 5 km promovida pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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OBS.: Esta reportagem é baseada em textos disponíveis na internet, incluindo trechos de livros e reportagens de diversos veículos, especialmente BBC, “Telegraph” e “Guardian”, mas também blogs e publicações brasileiras. Várias das fontes me foram indicadas pelo jornalista Cássio Leite Vieira, a quem agradeço a colaboração.