Olhar a caminhada a partir da perspectiva de artistas, educadores, médicos, cientistas e navegadores urbanos é a proposta do evento CAMINHADA PARA ALÉM DO CAMINHAR, uma ação do projeto CUIDANDO DE QUEM CUIDA DO SUS transmitida ao vivo pelo TUTAMÉIA (clique no vídeo acima para ver a íntegra e se inscreva no TUTAMÉIA TV).
Apresentando o trabalho, que é vinculado ao Círculo SUS VIVO – Projeto mandacaru – Rede Nordeste, a professora Yara Maria de Carvalho, que atua nas escolas de Saúde Pública e de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, manda o recado: “O tema da caminhada nos remete ao tema do cuidado, sobretudo no contexto do SUS. O convite é para pensar e conversar a respeito dessa prática milenar a partir de diferentes perspectivas: filosófica, antropológica, científica e artística, amarrada e comprometida com a multiplicidade dos modos de existir.” (Ínício da fala aos três minutos do vídeo)
Ela segue: “A caminhada ’espicha as linhas no espaço’ e ela pode nos levar ao conhecimento e à experiência de quem somos; ela pode ser uma forma de propor encontros e situações inusitadas; ou ainda um modo de habitar a rua e o mundo; ela pode ser uma estratégia de reconhecimento do território e conexão entre pessoas e serviços; pode ser um modo de repensar, reinventar e produzir a vida com as comunidades indígenas, caiçaras e quilombolas todos juntos e misturados; ou ainda pode ser um pretexto para experimentarmos diferentes modelos de cuidado diante da multiplicidade de corpos que nos atravessam.
O Círculo SUS VIVO é um dos círculos temáticos, que passaram a ter escuta no Consórcio Nordeste para propostas de políticas públicas, que abre seu olhar para além do combate à pandemia, do dizer de Sérgio Storch, coordenador do subgrupo de polític as públicas no projeto Mandacaru, plataforma criada pelo cientista Miguel Nicolelis para arregimentar com flexibilidade voluntários com conhecimento científico.
No evento realizado pelo grupo, especialistas de diversas áreas do conhecimento apresentaram suas visões e seus trabalhos relativos ao caminhar. Foram os seguintes os palestrantes, que podem ser contatados pelo público via endereço de e-mail aqui também apresentado. O contato do Círculo SUS Vivo é redesusvivo@gmail.com.
Com o tema “Caminhada como dispositivo poético para arte e educação”, a artista EDITH DERDYK, educadora e autora, foi a primeira palestrante. Doctora Honoris Causa pelo Instituto de Estudos Críticos, Cidade do México, ela atualmente coordena a pós-graduação Lato Senso na A Casa Tombada –Caminhada como Método para Arte e Educação. Fala começa aos 18min36 .
Autor, terapeuta e educador, ANDRÉ TRINDADE falou sobre “Mapas do corpo na relação com a caminhada”. Psicólogo (PUC-SP) e psicomotricista com formação em Cadeias Musculares e Articulares GDS (Bélgica), em dança trabalhou com Ivaldo Bertazzo e dirigiu o Estudio A&B de danças etnicas, junto com Betty Gervitz. Na França trabalhou por mais de 12 anos com Marie-Madeleine Béziers sobre as bases de sua obra, “A coordenação motora”. Atua em consultório e oferece cursos e palestras sobre a educação corporal na infância e adolescência. Seu primeiro livro, “Gestos de cuidado, gestos de amor”, trata do desenvolvimento do bebê ao longo dos três primeiros anos de vida. Fala começa aos 53min02.
“Lugar, movimento e conhecimento: caminhar é habitar o mundo para a antropologia contemporânea” foi o tema de CAROLINA DE CAMARGO ABREU, doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo – USP. Ela é pós-doutoranda no Instituto de Artes da UNESP. Pesquisadora de diversos núcleos de pesquisa como o NAPEDRA, o GRAVI e o PAM da USP; e do Grupo Terreiro da UNESP. Membro da Associação Brasileira de Antropologia desde 2012. Pesquisadora visitante do Centro em Rede de Investigação em Antropologia – CRIA em Portugal (2020). Fala começa à 1h30min25.
O fisioterapeuta MARCELO SEMIATZH, doutor em biologia molecular pela Universidade de São Paulo e sócio proprietário da clínica Força Dinâmica falou sobre “Corpo sedentário e corpo nômade, marcas de nossa jornada”. Início da fala: 2h17min21.
E EDERON MARQUES, diretor na ONG Projeto Bagagem e sócio-diretor na Araribá Turismo & Cultura. Historiador pela Universidade de São Paulo apresentou a palestra “Empatia, território e saúde: turismo comunitário como forma de desenvolvimento solidário”. Pesquisador e desenvolvedor de roteiros de turismo de base comunitária, ele trabalha com ênfase no turismo cultural e comunitário, em diversas frentes ligadas à articulação, promoção e disseminação de práticas socioculturais sustentáveis, como processos participativos de organização comunitária, diversidade cultural, economia solidária e direitos humanos e sociais. Início da fala: 2h59min30
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