A ascensão da direita a partir do governo de Ronald Reagan, o crescimento dos grupos paramilitares, a enxurrada de notícias falsas, racismo, desemprego e divisões na elite empresarial norte-americana. “O Nascimento de uma Nação”, Spike Lee e “E o Vento Levou”. A derrubada de estátuas de líderes confederados e as diferenças entre as ações de Martin Luther King e Black Lives Matter. Globalização, China, América Latina e Bolsonaro. Todos esses foram temas da entrevista da historiadora Mary Junqueira ao TUTAMÉIA, na véspera das eleições disputadas entre Donald Trump e Joe Biden.
Professora livre docente em história dos Estados Unidos na Universidade de São Paulo e autora de “Estados Unidos – Estado Nacional e Narrativa da Nação (1776-1900)”, ela mostra as raízes históricas que ajudam a explicar o conturbado momento atual.


Na sua visão, a Guerra Civil (1861-1865) ainda reverbera nessas eleições, mostrando as divisões no país. O pleito e os confrontos em curso demonstram que os EUA possuem uma “democracia com muitos elementos antidemocráticos” –o que acontece desde a sua criação. Com Trump, a extrema direita ganhou voz e espaço –o que agora está no centro do embate eleitoral. O presidente, diz Mary, tem uma estratégia desestabilizadora; enquanto o apelo de Biden é no sentido da volta da estabilidade no cenário político.
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