“Claramente estamos vivendo a partir de agora uma situação de ilegalidade constitucional. O Presidente da República se colocou na ilegalidade. O que nós temíamos aconteceu: foi dado um golpe contra as instituições democráticas do país.”
Essa é a avaliação do historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva, professor emérito da UFRJ, falando ao TUTAMÉIA minutos depois do discurso de Jair Bolsonaro na avenida Paulista neste Sete de Setembro.
Na entrevista (clique no vídeo para ver a íntegra e se inscreva no TUTAMÉIA TV), ele explicou como o golpe se caracteriza:
“Dois pontos do que foi dito se constituem em flagrantes ilegalidades: O presidente da República disse que não mais vai atender às demandas dos tribunais superiores da República, tanto o STF quanto o TSE. Segundo: ele disse que não vai mais atender às demandas, que ele considere indevidas, do Congresso Nacional. Esse conjunto de falas cria uma situação de ilegalidade, ele se coloca fora das normas legais, portanto ele consuma o golpe de estado.”
Chico Teixeira, como é conhecido, fala sobre o significado das manifestações, compara o processo atual com o que levou Mussolini ao poder em 1922, na Itália, e defende que os poderes Legislativo e Judiciário, os governadores e as oposições em geral se unam imediatamente para enfrentar o golpe.
Sobre as consequências da fala de Bolsonaro, o professor afirma: “Ele desafiou os Tribunais. Nesse momento, a única coisa que eu imagino é que ele deve ser preso. Ele deve ser declarado inapto ao cargo e deve ser preso”.
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