“O que está em jogo neste momento não é uma eleição comum. O Bolsonaro declarou guerra a este país. Guerra contra o cidadão, guerra contra a soberania, guerra contra os direitos sociais, guerra contra a Constituição. É disso que se trata. E nós precisamos ganhar essa guerra. Porque vamos estar poupando as futuras gerações de muitos dissabores se a gente restabelecer a democracia plena no nosso país, a Constituição de 1988, os direitos sociais, a justiça social, recolocando o Brasil na trilha do desenvolvimento econômico.”
Essa é a avaliação de Fernando Haddad sobre o atual momento político do país. Em entrevista ao TUTAMÉIA, o ministro da Educação nos governos Lula e Dilma e candidato que lidera as pesquisas de intenção de voto para o governo de São Paulo falou sobre os desafios e projetos para um eventual governo petista no estado e no país e destacou a grande aliança formada em tono de sua candidatura e da candidatura Lula-Alckmin (clique no vídeo acima para acompanhar a íntegra da conversa e se inscreva no TUTAMÉIA TV).
Apesar de considerar que não há espaço político para golpe, alertou sobre possíveis “dias turbulentos”:
“O que vai haver é arruaça de rua, porque o Bolsonaro vai promover. O Bolsonaro vai promover algum tipo de arruaça, com as consequências que a gente sabe: gente vai se machucar… Como aconteceu em Foz do Iguaçu, isso pode acontecer em escala maior, como aconteceu no Capitólio –evento ao qual Bolsonaro faz referência. Mas esse fato não deveria nos fazer baixar guarda em relação à própria eleição. As eleições não estão decididas. Estamos a sessenta dias da data da eleição, o Lula continua mantendo seu favoritismo, a distância é significativa, mas nós sabemos que o bolsonarismo luta com armas que nós próprios não somos capazes nem queremos utilizar.”
E completa a advertência: “A parafernália bolsonarista ainda não foi plenamente acionada. Você vai ter indústria de fake News, você vai ter o depósito do auxílio Brasil nos próximos sessenta dias… Então eu não descarto que nós teremos ainda dias turbulentos pela frente, até a eleição e mesmo após a eventual e provável vitória do presidente Lula”.
Por isso mesmo, faz um chamamento aos que defendem a democracia no país:
“Não é hora de a gente dar essa eleição por ganha. Ela não está ganha. Vamos fazer o vira voto desde já, para consolidar a liderança do Lula. O que está em jogo neste momento não é uma eleição. Isso as pessoas precisam saber. Não é uma eleição comum. O Bolsonaro declarou guerra a este país, guerra contra o cidadão, guerra contra a soberania, guerra contra os direitos sociais, guerra contra a Constituição. É disso que se trata.”
E completa:
“Nós precisamos ganhar essa guerra. Porque vamos estar poupando as futuras gerações de muitos dissabores se a gente restabelecer a democracia plena no nosso país, a Constituição de 1988, os direitos sociais, a justiça social, recolocar o Brasil na trilha do desenvolvimento econômico. A derrota para o Bolsonaro não é uma derrota eleitoral; é uma derrota civilizacional. E nós não podemos permitir que isso aconteça mais uma vez em nosso país. Temos sessenta dias para resgatar o país para as brasileiras e os brasileiros. Então, que a gente coloque todo o nosso empenho nessa cruzada, que é salvar esse país desse desastre chamado Bolsonaro”.
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