“Foi muito bom colocar em campo hoje o Alckmin. Para mim, ele já deveria ter sido colocado no campo antes. Porque essa classe endinheirada, essa classe de direita, conservadora, ela está perdida, porque ao mesmo tempo em que ela é reacionária, ela é cultivada. Em termos básicos, é uma classe bem formada, educada, que tem bons padrões de comportamento, que tem uma noção básica cultural conveniente para seu convívio em alto nível. Essa elite ela está muito incomodada porque ela está sem representação.”
Palavras da jornalista Hildegard Angel ao TUTAMÉIA, em programa em que comentamos o evento de lançamento da pré-candidatura Lula/Alckmin à Presidência da República (clique no vídeo para acompanhar a íntegra da conversa e se inscreva no TUTAMÉIA TV).
Ainda sobre a importância da presença do ex-governador de São Paulo para conquistar parte das elites, Angel comenta:
“O entorno de Lula que é palatável para essa classe tem de sair em campo agora. Temos de colocar em campo Alckmin e os outros, de centro-esquerda ou aquilo que eu chamo de direita light, para trabalhar a sua autoaceitação de um governo de Lula. Porque o trabalho realizado pelo antipetismo, pelo que eu chamo de tvglobismo, foi muito bem feito.”
A jornalista também falou sobre os cuidados da produção do evento em marcar com símbolos a defesa da soberania nacional: a festa começou com o Hino Nacional interpretado por Teresa Cristina, e uma enorme bandeira do Brasil tomou conta do palco ao longo das apresentações e do discurso de Lula:
“O Brasil é nosso! Nós ficamos quietos, muito submissos, muito intimidados. O Brasil é nosso, o PT tem razão. No próximo evento, vamos todos de verde-amarelo. Não podem nos roubar a nossa identidade, não podem roubar a nossa soberania, os nossos valores. Acho que, através dessa linguagem visual, dessa expressão visual de soberania, nós a reconquistaremos.”
Hildergad Angel disse que ficou muito emocionada com a festa e chegou a escrever uma carta para Lula e Alckmin, que leu durante a transmissão realizada por TUTAMÉIA. No trecho final, ela diz:
“Sabemos que essa chapa vem estruturada por uma aliança forte de sete partidos. A aliança da civilização contra a barbárie. Do amor contra a perversidade. Dos livros contra os fuzis. Estamos confiantes na vitória. Sequer cogitamos a possibilidade de uma derrota, porque ela não ocorrerá. Acreditem, Lula e Geraldo, esses 200 anos da Independência serão comemorados no 2 de outubro, na grande festa das urnas. E eu já vou enfeitar meu quintal com bandeirinhas para celebrar essa festa, com sanfona e tudo, como merece uma comemoração brasileira. E amanhã, Dia das Mães, o prato das mesas brasileiras será Lula com Chuchu.”
No que a jornalista reafirma as palavras com que iniciou sua avaliação do lançamento da chapa Lula/Alckmin, no programa de TUTAMÉIA:
“Bebemos de novo na fonte da esperança, na fonte da política construtiva, da preocupação com o povo brasileiro. Estimulou os brasileiros que acompanharam a ter uma expectativa positiva do Brasil. Não há espaço para dúvidas: a vitória será nossa.”
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