Nas pesquisas eleitorais, no segundo turno das eleições presidenciais de 2014, Dilma estava atrás de Aécio, e reverteu o quadro.

O exemplo histórico é lembrado por Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República no governo Dilma, para dizer que ainda há tempo e condições para que a candidatura petista se imponha frente a Bolsonaro.

Em entrevista ao TUTAMÉIA (veja no vídeo no alto desta página), ele faz um chamamento aos brasileiros:

“Não tem jogo perdido, é tempo de virada. Se eles têm os robôs, se eles têm os canhões deles nas mídias sociais, nós temos uma arma fundamental que é, além de uma linha política acertada, de combate, de não concessão, temos a ampliação dos apoios, mas principalmente, temos a nossa militância.”

Ele afirmou que a campanha petista fez correção de rumos, na entrada do segundo turno, para tentar enfrentar as mentiras disparadas nas redes sociais.

“Estava ficando claro que uma mentira poderia ganhar as eleições. Com essa onda maluca de fake news, proporcionada por robôs fora do país, estávamos correndo o risco de ver o povo pobre votar no seu algoz. O povo pobre, sem o esclarecimento necessário, foi iludido por esses instrumentos, sem conhecer sequer direito o personagem.”

Esse tipo de ação, acredita, veio para ficar, e deverá ser analisado e enfrentado pelas instituições: “Daqui para a frente, as eleições nas democracias terão de enfrentar esse tema. Como serão as eleições daqui para afrente? Vamos continuar permitindo esse uso indiscriminado das tecnologias para divulgar mentiras?”

No caso brasileiro, diz Carvalho, “o TSE não estava sequer preparado para isso, e muito menos a gente. Nós investimos nas redes sociais, mas ao modo tradicional, no sentido de difundir informações, opiniões e não com essa chuva, essa tempestade de fake news.”

Ele também analisou o risco que o país corre: “Uma eventual eleição do Bolsonaro significa abertura do tempo de caça ao diverso. É licença para matar. Se na campanha está sendo assim, imagine depois, se essa energia negativa vai emergir”.

Por isso, afirma, “Nossa palavra de ordem, no segundo turno, não é mais PT, é a Frente Democrática. E queremos que as pessoas se integrem, como aqueles que vieram se integraram à campanha. Agora é a civilização contra a barbárie”.