Com espalhafato e emoção, entusiastas do mundo japonês das corridas de gente já apelidaram este domingo de “o dia mais importante da história das maratonas no Japão”.
Tudo porque o jovem YUTA SHITARA quebrou o recorde japonês na maratona de Tóquio e levou para casa um prêmio especial de US$ 1 milhão. O bônus foi estabelecido em 2015 como parte de um projeto de entidades empresariais e esportivas de olho na Olimpíada de 2020 em Tóquio.
Com 2h06min11, o garoto (26 anos, 1,67 m, 48 kg) derrubou marca que já durava 16 anos e conquistou o segundo posto na prova, atrás do queniano Dickson Chumba, que fechou em 2h05min30.
Para completar a alegria da torcida japonesa, a maratona de Tóquio brindou a todos com outras ótimas atuações dos atletas nacionais. Hiroto Inoue, em quinto lugar, se tornou o quinto japonês a romper a marca de 2h07. Mais quatro corredores do país completaram com marcas sub2h09 e outros três, com marcas sub2h10, todos eles pela primeira vez em suas carreiras.
Para além dos números, talvez o resultado mais impressionante, a marca que todos nós devemos saudar e tratar como inspiração foi a de Satoru Kasuya, que quase morreu de câncer há cinco anos e agora volta às maratonas de forma competitiva, fechando na 30ª colocação, com 2h14min37.
Na prova feminina, a etíope Birhane Dibaba sagrou-se bicampeã com 2h19min51, seu recorde pessoal –o que mostra que não aliviou mesmo não tendo perseguidora nos calcanhares (a segunda colocada fechou em 2h21min19.
Apesar de todo o entusiasmo que cerca esses resultados, é bom não deixar de colocá-los em perspectiva: para profissionais do primeiríssimo time, duas horas e cinco minutos alto já não é grande coisa.
A marca cravada pelo campeão de Tóquio lhe valeria apenas a oitava colocação na maratona de Dubai, realizada no mês passado.
Entre as mulheres, sub2h20 é o padrão atual das corredoras de excelência, o que reafirma Dibaba no time das melhores do mundo. Já as 2h21 da segunda colocada lhe valeriam somente o sétimo posto na já citada prova em Dubai.
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