O economista Mário Pochmann, presidente do IBGE, diz ao TUTAMÉIA que há uma ausência de disputa de futuro.
Ele explica: “Ser um país produtor de bens primários não é um problema, mas, sem a complementação, do ponto de vista de internalizar a capacidade produção de bens manufaturados e, sobretudo, de bens e serviço digitais, o país não tem capacidade de gerar empregos decentes. Não há dúvida de que estão sendo criados empregos no Brasil. Isso está permitindo que nós reduzamos a taxa de desemprego. É ótimo o que está ocorrendo. O problema é que o perfil de emprego gerado é um emprego em geral de salários muito contidos, porque está sendo gerado em setores de baixa produtividade.”
As consequências podem ser muito danosas: “Se houver uma pressão crescente para elevação do salário mínimo, nós podemos voltar à situação que ocorreu na metade do governo da presidenta Dilma, há dez anos, em que você elevava a taxa de salários e comprimia a taxa de lucros, porque são setores de baixíssima produtividade. Esse é um problema. Para que o Brasil possa gerar empregos de melhor qualidade, ele precisa romper com a forma com que hoje está participando da divisão internacional do trabalho. Porque esse tipo de emprego não dá uma perspectiva de que o futuro possa ser melhor.”
Lembra ainda que hoje 40% da população vive de transferência de renda –ou seja, depende diretamente de políticas governamentais e que a população está estagnada para decrescente: “O Brasil pode chegar a 2100 com população menor do que a que tinha no ano 2000”. Marcio Pochmann também afirmai que o país precisa construir sua soberania de dados e apresenta nesta entrevista (clique no vídeo para ver a íntegra e se inscreva no TUTAMÉIA TV) os planos do IBGE para esse processo assim como para disseminar as informações que produz.
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