“Os jornalistas palestinos trabalham em condições extremamente difíceis e complexas. As forças de ocupação os colocam na mira para assassinato, prisão e destruição de suas instituições, escritórios e casas. Esses crimes e medidas israelenses contra jornalistas palestinos e agências estrangeiras que operam na Faixa de Gaza visam intimidá-los e silenciá-los, mas os profissionais continuam sua missão jornalística com profissionalismo, expondo os crimes da ocupação ao mundo, apesar dos grandes sacrifícios que fizeram, apesar da morte de mais 140 jornalistas e trabalhadores de mídia”.
São palavras do jornalista Wisam Zoghbour, membro do Secretariado Geral do Sindicato dos Jornalistas Palestinos, que participou por meio de vídeo de sessão de homenagem aos mártires da imprensa em Gaza realizada no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.
Na sua fala, disse ainda: “Cento e quarenta jornalistas foram mortos pelas forças de ocupação, a sangue frio, e dezenas de jornalistas ficaram feridos, mas suas feridas não os impediram de continuar seu trabalho. Enquanto isso, as forças de ocupação continuam a política de desaparecimento forçado de dezenas de jornalistas e impedem a divulgação das circunstâncias de suas prisões. As forças de ocupação destruíram cerca de 88 instituições e escritórios de mídia, e 80 casas pertencentes a jornalistas, resultando na morte de cerca de 30 familiares de jornalistas. Continuam a privar os jornalistas palestinos de equipamentos de segurança, como coletes à prova de balas e capacetes, e impedem a entrada de jornalistas estrangeiros na Faixa de Gaza”.
Wisam reafirmou a promessa de luta: “O Sindicato dos Jornalistas Palestinos continuará apoiando os jornalistas com todos os recursos disponíveis, documentando os crimes contra eles e acompanhando-os no Tribunal Penal Internacional até que os criminosos de guerra sejam responsabilizados e obrigados a respeitar o direito internacional e a Carta dos Direitos Humanos, proporcionando proteção internacional para os jornalistas.”
E agradeceu o apoio e a solidariedade do povo brasileiros: “De Gaza valente, do povo palestino em geral e dos jornalistas palestinos em particular, envio uma mensagem de amor e apreço ao povo brasileiro em geral e aos jornalistas brasileiros em particular, por sua participação conosco neste evento, que é em prol do Estado da Palestina, seu povo e seus jornalistas. Esperamos o seu apoio e solidariedade para transmitir nosso sofrimento e expor os crimes de guerra de genocídio que continuam sendo cometidos contra o povo palestino em geral e os jornalistas palestinos em particular, e para perseguir os criminosos de guerra, para que sejam punidos por seus crimes.”
HOMENAGENS E RELANÇAMENTO DE LIVRO
O pronunciamento do jornalista palestino abriu a sessão da noite de quinta-feira, 20 de junho de 2024, na sede do Sindicato, na região central de São Paulo. Além da homenagem ao Sindicato dos Jornalistas Palestinos, recentemente premiado pela UNESCO pela defesa da liberdade de expressão em meio a circunstâncias extremas, a jornalista Shireen Abu Akel, da rede Al Jazeera, que perdeu a vida enquanto cobria um ataque israelense em Jenin, também foi homenageada. Houve ainda o relançamento do livro “Genocídio Isola Israel: Desafio é Criar Estado Palestino”, de Nathaniel Braia e Nilson Araújo de Souza.
A homenagem à jornalista Shireen foi feita por Claude Fahd Hajjar, editora do site Oriente Mídia e conselheira da presidência de Fearab América.
Antes dela, falou a jornalista Amyra El Khalili, do Movimento Mulheres pela Paz na Palestina, que foi a responsável pelo contato com o Sindicato dos Jornalistas da Palestina e trabalha cotidianamente na denúncia dos crimes contra o povo palestino perpetrados por Israel.
Acompanhe a seguir transcrição dos pronunciamentos delas e clique no vídeo acima para acompanhar o evento (aproveite e se inscreva no canal TUTAMÉIA TV).
SHIREEN ABU AKHEL DEDICOU SUA CARREIRA
A REVELAR A INJUSTIÇA E A TERRÍVEL SITUAÇÃO DOS PALESTINOS SOB OCUPAÇÃO ISRAELENSE
E INSPIROU MUITAS MULHERES PALESTINAS E ÁRABES A SEGUIREM A PROFISSÃO DE JORNALISTA
Por Claude Fahd Hajjar
A catástrofe continuada: execuções extrajudiciais, demolições de casas, desapropriações, somam-se a exploração predatória, subjugação, supremacia racial, segregação, vigilância, controle, monitoramento, agressão militar e regime de apartheid também se atualizam, se ampliam e se aperfeiçoam por meio de dispositivos de inteligência artificial. Tecnologias que são a base do capitalismo de vigilância e do colonialismo de dados tornam possível bombardear uma estrutura física e atingir um corpo palestino com apenas um clique. Esse mesmo dispositivo de morte “inteligente”, tão preciso e letal, assassinou a jornalista palestina Shireen Abu Akhel mesmo ela utilizando um capacete e um colete azul à prova de bala contendo a palavra “PRESS”.
Abu Akleh foi morta a tiros enquanto fazia uma reportagem sobre um ataque militar israelense ao campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, em 11 de maio de 2022. A jornalista estava com um grupo de outros repórteres e seu colega, o produtor da Al Jazeera, Ali al-Samoudi, também foi baleado e sobreviveu aos ferimentos.
Ao longo de mais de duas décadas como repórter e correspondente da Al Jazeera aonde começou em 1997, Abu Akleh relatou extensivamente sobre vários acontecimentos importantes na Palestina. Pela sua precisão e profissionalismo, bem como pelas suas reportagens distintas, Abu Akleh tornou-se um nome familiar em todo o mundo árabe. Ela dedicou a sua carreira a revelar a injustiça e a terrível situação dos palestinos sob ocupação israelense e inspirou muitas mulheres palestinas e árabes a seguirem carreiras no jornalismo
O que a aniquilação do corpo da Shireen e dos milhares de outros comunicadores, ativistas, paramédicos e civis palestinos (incluindo menores) tem a nos dizer? Palestinas e palestinos têm chamado o colonialismo, a violência e a produção de políticas de morte – a necropolítica – praticada pelo Estado de Israel de “Nakba continuada”. Ou seja, os territórios que ainda “restam” e o corpo palestino são transformados em matéria-prima para fins de domínio colonial. Até quando?
A Cisjordânia que pelo Direito Internacional é um território palestino vem sendo sistemáticamente ocupada por novos e agressivos colonos armados e protegidos pelas Forças de Defesa de Israel. Quando um jornalista testemunha e registra o fato e dá voz a uma população oprimida ele recebe bala na cabeça. Simbólicamente “ Você é palestino não pode pensar, não pode se expressar, não pode reenvindicar, e nem se manifestar” por isso você morre com bala na cabeça.
Para o Israelense, palestino é terrorista, palestino bom é palestino morto. Esta é a política educacional e civilizacional do Estado genocida de Israel.
Enterro
“Nosso corpo precisa ser controlado, preso, mutilado e exterminado até na morte”, dizem palestinos e palestinas. Shireen era cristã e sua família optou por uma procissão que seria realizada em uma catedral (Cathedral of the Annunciation of the Virgin) localizada em Jerusalém Oriental. Já no percurso para a realização do velório, a família encontrou dificuldades de transferir seu corpo do hospital em Sheik Jarrah para a igreja. Militares fortemente armados bloquearam estradas e ruas para dificultar o acesso dos enlutados à Cidade Velha. Vários vídeos divulgados pelas mídias locais e internacionais mostram como todo um aparato militar foi acionado para atacar civis com bombas de gás lacrimogêneo.
Familiares e amigos que carregavam o caixão tiveram suas pernas espancadas com cassetetes pelas forças israelenses, numa clara tentativa de fazer com que o caixão fosse derrubado. Até o corpo já morto de Shireen foi brutal e publicamente desrespeitado. Por quê? O que um corpo palestino morto representa ao Estado sionista? Podemos retornar à questão do desejo sionista pela eliminação do sujeito palestino não apenas em sua dimensão física, mas também simbólica. Enquanto viva, a Shireen é retirado o seu direito de existir. Morta, é-lhe retirada ainda a possibilidade de ser passível de lamento, de choro e de “luto público” no limite, a sua própria condição humana.
Particularmente na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, todos os cortejos fúnebres ganham uma dimensão de luto público e um caráter de protesto quando a vítima – ou “mártir” – sucumbe através de uma operação militar minuciosamente orquestrada. Um gesto simbólico de solidariedade entre palestinos e também uma tática de resistência contra a política da morte.
Daí a importância da presença pública do corpo para as famílias e para a sociedade civil palestina durante os enterros. É uma forma de ressignificar o ato fúnebre e dizer: “a luta e o luto são do povo”. Essa é uma das razões pelas quais as autoridades israelenses demoram meses – às vezes anos – para devolver os cadáveres às famílias. Ao tentar negar aos familiares, amigos e todos que se comoveram com o assassinato de Shireen o direito ao luto, Israel busca, mais uma vez, apagar a dor da Palestina aos olhos e corações do mundo.
Santuário de Shireen Abu Akleh profanado na Cisjordânia
O governo de Israel , não satisfeito com todas as atrocidades cometidas contra jornalistas , na figura de Shireen Abu Akleh na madrugada de 27 de outubro de 2023, 20 dias após a Operação Inundação Al Aqsa, e em seguida á publicação do
relatório publicado pela ONU que afirma que as forças israelenses “mataram Abu Akleh de forma intencional ou imprudente” o mausoleu de Sheriin foi destruído, e escavadeiras destruiram o asfalto e retiraram tudo o que lembrava a jornalista assassinada, o local do assassinato da jornalista palestino-americana Shireen Abu Akleh em Jenin foi demolido e o seu santuário profanado. Uma estrada asfaltada, rua Balat al-Shuhada, no bairro Jabriyat de Jenin,que passa entre as casas foi reduzida a enormes pedras de concreto quebrado e a terra escavada a mais de meio metro de profundidade por membros das Forças de Defesa de Israel (IDF). Antes, veículos passavam pela pista. Um dia depois, até caminhar entre as pedras quebradas seria um desafio.
Pinturas de Abu Akleh e homenagens deixadas no local onde ela foi baleada foram destruídas.
A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) juntou-se à sua afiliada, o Sindicato dos Jornalistas Palestinos (PJS), na condenação de mais este ato de vandalismo e convoca o Tribunal Penal Internacional (TPI) para investigar o assassinato de Shireen Abu Akleh.
Nasser Abu Bakr, presidente do Sindicato dos Jornalistas Palestinos e o Secretário Geral da Federação Internacional de jornalistas, Anthony Bellanger, concordam:
“Este é um ato monstruoso de destruição. A família e os amigos de Shireen encontraram algum consolo visitando o local onde ela foi baleada e prestando homenagens. Este ato desenfreado de vandalismo é certamente um cruel ato de vingança de um tipo que só pode exacerbar as tensões na Palestina.
Quanto mais cedo o TPI der a este caso a atenção que merece, melhor. Já que a Federação Internacional de Jornalistas já apresentou queixa”.
O fracasso de Israel em investigar e garantir justiça
Várias investigações independentes, incluindo as conduzidas pela Associated Press, The New York Times, The Washington Post e Bellingcat, concluíram que Shireen Abu Akleh foi morta por uma bala disparada por um membro das Forças de Defesa de Israel. As investigações da CNN e da Forensic Architecture, com sede em Londres, concluíram ainda que Abu Akleh foi o alvo intencional.
Israel desde 11 de maio de 2022 vem se furtando a abrir ou colaborar com qualquer investigação.
Para um Estado pária e marginal, investigar um crime seria confessar o crime.
Este padrão de violência mortal contra jornalistas na Palestina por parte das Forças de Defesa de Israel aumentou para níveis sem precedentes desde a eclosão da guerra em Gaza em Outubro de 2023. Até hoje, mais de 150 jornalistas foram mortos, a grande maioria dos quais foram jornalistas palestinos mortos por ataques aéreos ou bombardeios das FDI.
Foram estes bravos e destemidos guerreiros da informação e da verdade que fizeram com que a máscara de Israel fosse retirada e foi revelado ao mundo a verdadeira natureza cruel e genocida do regime israelense e ainda apoiado por uma população que aplaude este genocídio.
Foi o Jornalismo alternativo das mídias sociais e do streaming que fizeram o mundo assistir ao primeiro genocídio televisionado.
A luta pela libertação da Palestina apenas começou, e o seu alto preço está sendo pago pela perda da vida de crianças e mulheres através das armas americanas operadas por israelenses.
Uma guerra desproporcional que usa armas desproporcionais em um pequeno espaço de terra.
O resultado foi morte, destruição, fome e o sequestro da vida em todos os sentidos.
A impunidade de que goza Israel resultou no assassinato e na perseguição de ainda mais jornalistas em Gaza. Ao matar jornalistas, Israel quer que a sua existência de mentiras e calunias se perpetuem tanto em Gaza como na Cisjordânia, aonde a TV al Jazeera foi proibida de operar.
“O jornalismo não é um crime – mas visar jornalistas é”
Parem o genocídio!
AS PRÁTICAS HEDIONDAS DE CRIMES CONTRA A HUMANIDADE, COMO A TORTURA QUE ASSASSINOU O JORNALISTA VLADIMIR HERZOG, TÊM SIDO UTILIZADAS PELOS SIONISTAS HÁ 76 ANOS PARA ATERRORIZAR OS PALESTINOS
Por Amyra El Khalili
Há 40 anos, eu, Amyra El Khalili, e o ativista Carlos Seabra, entre outros companheiros e companheiras, fundamos o cineclube no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, neste auditório Vladimir Herzog.
Éramos jovens, éramos refugiados e filhos de refugiados árabes e judeus, palestinos e israelenses. Jovens brasileiros e estrangeiros naturalizados que acreditavam no poder da palavra, da imagem, da arte e do jornalismo para combater as desigualdades, os sofrimentos e as injustiças.
Aqui, neste auditório Vladimir Herzog, que mais uma vez nos acolhe e cujo nome homenageia o jornalista torturado e assassinado pelo regime militar brasileiro durante a ditadura, protagonizamos importantes ações que fizeram parte da história progressista deste país em defesa dos direitos humanos, do direito ambiental e dos direitos políticos.
Hoje estamos aqui novamente, quatro décadas depois, no auditório Wladimir Herzog, neste ato de relançamento do livro “Genocídio Isola Israel: Desafio é Criar o Estado da Palestina” de Nathaniel Braia e Nilson Araújo de Souza, em promoção conjunta dos Sindicatos dos Jornalistas e dos Escritores do Estado de São Paulo, com a participação de lideranças sindicais, entidades representativas, lideranças comunitárias, religiosas, políticas, jornalistas e ativistas.
Estamos aqui para registrar na história que não ficamos calados e que não negligenciamos os fatos, neste ato pelo cessar-fogo já e permanente em Gaza e pelo fim do massacre do povo palestino.
As práticas hediondas de crimes contra a humanidade, como a tortura que assassinou o jornalista Vladimir Herzog, têm sido utilizadas pelos sionistas há 76 anos para aterrorizar os palestinos. A grande imprensa tem destacado com vigor e repetidamente que o Hamas sequestrou civis inocentes, porém não conta o outro lado dessa história. Não conta por que o Hamas o fez e não esclarece o seu objetivo de trocá-los sãos e salvos, pelos sequestrados e torturados prisioneiros de guerra palestinos, e especialmente resgatar os corpos sem vida dos que já foram martirizados, cujas famílias ainda não puderam enterrá-los dignamente.
Nas prisões israelenses, há hoje mais de 9.300 prisioneiros de guerra, sem contar os detidos em Gaza, que chegam aos milhares e estão sujeitos à política de desaparecimento forçado nos campos. Mais de 3.400 prisioneiros palestinos estão em detenção administrativa sob o pretexto do chamado “arquivo secreto”, muitos dos quais são mulheres e crianças. Segundo organizações especializadas, esse número nunca foi alcançado na história.
Para lembrar ao mundo que o caso das prisioneiras e prisioneiros palestinos já se arrasta há muitas décadas, desde 1948. Apesar disso, o mundo continua a ignorá-los e a tortura sistemática a que são submetidos, que se intensificou de forma terrível desde o início deste genocídio, em outubro do ano passado.
As autoridades do Serviço Prisional Israelense cometeram crimes horríveis contra os nossos prisioneiros e prisioneiras, violando todas as cartas internacionais, a fim de matá-los e desumanizá-los, de acordo com dezenas de testemunhos de equipes jurídicas e de prisioneiros libertados após cumprirem as suas penas.
As famílias de presos políticos palestinos, homens e mulheres, nas prisões de ocupação israelense, apelaram às organizações jurídicas e humanitárias da comunidade internacional e à Cruz Vermelha Internacional para que se comprometam a cumprir suas responsabilidades legais e humanitárias e ajam urgentemente para proteger seus entes queridos detidos nas prisões da ocupação israelense.
A detenção administrativa foi usada pela primeira vez na Palestina pelo mandato colonial britânico e depois adotada pelo regime sionista. Agora é usada rotineiramente para atingir os palestinos, especialmente líderes comunitários, ativistas e pessoas influentes em suas cidades, campos e vilas. Embora, segundo o direito internacional, esse tipo de detenção sem acusação só possa acontecer por “razões urgentes de segurança”, Israel a usa como um método de rotina para suprimir a sociedade e a atividade palestina.
Emitidas por até seis meses consecutivos, as ordens de detenção administrativa são indefinidamente renováveis, e permitem que os palestinos – incluindo crianças menores – estejam passando anos presos sem acusação ou julgamento sob detenção administrativa. A detenção administrativa – como todo o sistema prisional israelense – é uma arma colonial destinada a atingir a resistência palestina e isolar os líderes da luta do povo palestino.
A história se repete quando nos omitimos e negligenciamos a dor do outro. Assim como a família de Vladimir Herzog empreendeu sua saga para provar o destino de seu mártir, cujo sangue derramado, como o de muitos outros que tombaram, foi o custo para a conquista do Estado Democrático de Direito, nós, palestinos e palestinas, fazemos este chamamento para a verdade revelada através das lentes e câmeras dos nossos mártires jornalistas, e conclamamos pela defesa dos jornalistas desaparecidos e sequestrados pelo terror sionista para que sejam protegidos e imediatamente libertados.
Aqui no auditório Vladimir Herzog, com as pessoas certas, no lugar certo e na hora certa, mais uma vez escrevemos a história deste país em solidariedade à nossa justa causa palestina, que é a causa dos direitos humanos e ambientais, em memória aos que morreram nos cárceres torturados e aos que sofreram e ainda sofrem os traumas e as dores das injustiças e crueldades a que nenhum ser humano deveria jamais se submeter.
Tortura Nunca Mais!
Palestina Livre, “do Rio ao Mar”!