“Uma parcela importante do empresariado brasileiro já entendeu que não é possível manter esse presidente da República e já está virando a chave”.

A avaliação é do deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), secretário-geral do Partido dos Trabalhadores, ao TUTAMÉIA. Para ele, é preciso hoje “adensar e fazer um esforço máximo para derrotar o fascismo e o autoritarismo no Brasil”.

Nesta entrevista, ele diz que todas as tendências do partido já assimilaram a chapa Lula-Alckmin. Fala de Forças Armadas e da relação do Brasil com os Estados Unidos. E aponta quatro obstáculos para a vitória de Lula em outubro (acompanhe no vídeo e se inscreva no TUTAMÉIA TV).

“O primeiro obstáculo é o da violência política. Eles estão com a violência. Vejam quantos episódios de violência política que estamos vivenciando, as ameaças”.

“Um segundo obstáculo são as fake news. É o uso das redes para a produção de mentiras, para a criação de um mundo mágico que não corresponde à realidade. Vão nos atribuir valores e atitudes que não são nossos”.

“O terceiro perigo é o uso da máquina, o uso criminoso da máquina”.

“O quarto perigo é que esse presidente da República namora com a hipótese de um golpe. Veja esse debate que eles estão estabelecendo sobre a urna eletrônica. É uma piscadela para o golpe. É colocar no sistema eleitoral a culpa pela derrota. Não admitir o resultado para dar um golpe”.

Sobre o empresariado e a chapa Lula-Alckmin, diz Teixeira:

“O empresariado brasileiro está vendo a dureza de ter um presidente como o Bolsonaro. Hoje nenhum fundo de investimento americano ou europeu investe mais no Brasil enquanto houver desmatamento. A situação de desindustrialização é muito forte. Não há regras que possam ser cumpridas por esse governo. Perderam o controle da economia. Tem a inflação. Isso vai fazendo com que não haja previsibilidade para os negócios. Virou arriscado apostar em Bolsonaro. Enquanto Lula representa um ambiente muito mais seguro. O empresariado já entendeu. O empresariado inteligente. Tem um empresariado que é ideológico, que vem dessa onda bolsonarista, olavista. Com esses a gente não conta. Mas uma parcela importante do empresariado brasileiro já entendeu que não é possível manter esse presidente da República e já está virando a chave”.