O Núcleo de Preservação da Memória Política lançou manifesto denunciando a depredação do monumento em homenagem a Carlos Marighella instalado na alameda Casa Branca, local em que o dirigente da Ação Libertadora Nacional foi assassinado em 1969.
O documento afirma que esse “grotesco episódio não é um caso isolado e precisa ser apurado pelas autoridades do Estado de São Paulo, e seus responsáveis responsabilizados pelo ato criminoso perpetrado na calada da noite”.
Publicado nas redes sociais, o documento já recebeu dezenas de adesões e continua aberto para outras assinaturas na página do Núcleo Memória (para saber mais, CLIQUE AQUI).
Eis o texto:
“Nesta sexta-feira, 18/01/2019, o monumento localizado na Alameda Casa Branca amanheceu depredado e com as inscrições “CCC”, que fazem referência ao Comando de Caça aos Comunistas – grupo miliciano que atuou em apoio à ditadura civil-militar.
O monumento foi instalado no local em 1999 como sinalização pelos eventos ali ocorridos durante o período ditatorial e homenagem a Carlos Marighella. Em 04 de novembro de 1969, o líder da Ação Libertadora Nacional (ALN) foi executado no local, vítima de uma emboscada policial comandada por Sérgio Fleury, delegado do Deops/SP – como concluiu a perícia realizada em 2012 pela Comissão Nacional da Verdade.
Este é um Lugar de Memória para o povo brasileiro, que conta uma parte da história das lutas por democracia, cidadania e Justiça.
A depredação do momento é mais uma expressão da intolerância política e violência em presentes em nossa sociedade. Uma sociedade democrática pressupõe o convívio com as diferenças políticas e o diálogo.
Este grotesco episódio não é um caso isolado e precisa ser apurado pelas autoridades do Estado de São Paulo, e seus responsáveis responsabilizados pelo ato criminoso perpetrado na calada da noite.
Nós, abaixo assinados, repudiamos o ato vil e criminoso em mais um lugar de memória e monumento pertencente ao povo brasileiro.”
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