Políticos, dirigentes de movimentos populares e sindicais, entidades de defesa da democracia e dos direitos humanos, governadores, líderes no Senado e na Câmara Federal, juízes, Ordem dos Advogados do Brasil, todos ergueram suas vozes e manifestaram seu protesto contra as declarações do presidente da República em fala em rede nacional na noite desta terça-feira (23.03), repetida e agravada em declarações na manhã de hoje (24.04).
TUTAMÉIA traz um balanço dessa repercussão, além de comentários e análises sobre motivações e consequências da fala presidencial (confira no vídeo acima).
Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena alertam para o fato de que, por mais sedutor que seja dizer que Bolsonaro está se isolando cada vez mais e que “Acabou, Bolsonaro, você não é mais presidente do Brasil. Olha no seu celular”, como falou o haitiano que lavou a alma nacional, isso não é verdade nem de direito nem de fato.
O fato é que Bolsonaro continua governando, perpetrando atos oficiais, assinando medidas provisórias e portarias, todas elas nocivas ao interesse nacional, ofensivas ao direito do povo, à economia e a saúde do Brasil, como especialistas das mais diversas áreas vêm apontando.
É imprescindível sustar essa marcha para a morte. O cientista Miguel Nicolelis, em entrevista ao TUTAMÉIA, propõe a criação de um comitê de nacional, que reúna e represente as mulheres e os homens de bem do país, congregando dirigentes políticos, sindicais e empresariais, o Congresso e STF para enfrentar a crise que vivemos, do qual a doenças e as mortes provocadas pelo coronavírus são evidência incontestável por quem tenha os olhos abertos.
Ao Congresso e aos partidos políticos não basta mais fazer notas de protesto e declarações indignadas. Há que agir contra as ações nefastas da presidência, devolver e rejeitar medidas provisórias, derrubar vetos e portarias, sem deixar de apresentar propostas para enfrentar a situação.
O mesmo vale para os movimentos populares e partidos políticos, organizações sindicais, entidades representativas da sociedade civil. Há que se unir para grandes manifestações –um superpanelaço está sendo organizado para o próximo dia 31 de março–, mas é preciso apoiar e forçar os partidos, o Congresso e o STF, como garantidor da Constituição, para que passem das palavras aos atos, dentro da lei e da normalidade constitucional.
Quem não respeita a Constituição e ataca a desejada normalidade democrática é o presidente. Como já apontaram outros –até mesmo o jornal “O Globo”–, citados ao longo da transmissão de TUTAMÉIA, Bolsonaro é uma ameaça ao Brasil. É hora de mudar.
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