Um sonoro, entusiasmado e emocionado “Boa tarde, companheiro Lula” marcou o encerramento da plenária da manhã de domingo último no Primeiro Encontro Nacional do MAM, Movimento pela Soberania Popular na Mineração.

Garimpeiros, quilombolas, pescadores, camponeses, índios, estudantes, pesquisadores, cientistas, reunidos em Parauapebas, no Pará, responderam com vigor à regência de João Pedro Stedile, da coordenação nacional do MST, que atuou como maestro depois de ter feito uma palestra analisando a situação do país.

A saudação foi múltipla: os militantes cumprimentaram também o padre Amaro, líder do movimento camponês do Pará detido desde março. José Amaro Lopes de Sousa foi preso na prelazia do Xingu, onde atuava como paróco. Era considerado braço direito da missionária Dorothy Stang, assassinada em 2005 no Pará, e deu continuidade ao trabalho da religiosa em Anapu, sudoeste do Pará, defendendo os direitos humanos, os assentamentos de sem-terra e as reformas fundiária e agrária.

Na sequência, os participantes do encontro nacional do MAM mandaram uma mensagem ao juiz Moro, solicitando que o magistrado ficasse em Nova York.

E concluíram com a saudação a Lula, culminando com um grande brado de “Lula Livre!”

O encontro nacional do Movimento pela Soberania Popular na Mineração –MAM, foi realizado de 18 a 21 de maio no Centro Comunitário São Sebastião, em Parauapebas – PA.

Teve a participação de militantes de mais de 70 cidades mineradas no Brasil contabilizando 16 estados em conflitos com a mineração. Também recebeu ativistas da África do Sul, da Colômbia, da Bolívia e da Holanda.