Defender a democracia no Brasil de hoje significa lutar pela liberdade para Lula –essa foi a mensagem de Eleonora de Lucena, diretora de TUTAMÉIA, em sua participação no seminário “E AGORA?”, realizado neste domingo 8.4 pelo Instituto Casa da Cidade.

Neutralizar Lula, tirá-lo de combate, tê-lo como carta fora do baralho, tudo isso representa a mais desesperada jogada do fascismo, das elites rentistas e de seus manipuladores externos para tentar impedir que a voz do povo se faça ouvir e se faça vencedora nas eleições de outubro.

A manobra se voltou contra os golpistas. Em vez de um sujeito derrotado e perdido, abandonado em masmorras da Polícia Federal, o Lula que chegou a Curitiba foi um herói montado nas costas do povo, símbolo de resistência e de luta –e a arte de Fernando Carvall, abaixo, traz esse espírito.

É com ele, pois, que segue a jornada do Brasil para derrotar o golpismo e o fascismo. Não por acaso, o momento do ataque mais aberto e brutal das milícias fascistas foi exatamente a faísca para a construção de uma frente ampla pela democracia e pela soberania nacional.

As forças democráticas que se reuniram no palanque, no último ato da caravana de Lula pelo Sul, transformado em manifestação contra a violência e pela democracia, seguiram marchando juntas e juntas estiveram na vigília em São Bernardo do Campo –por sinal, vigília que impôs importante derrota aos desígnios de Moro e sua turma: Lula foi a Curitiba no seu tempo e nos seus termos.

Juntos precisamos seguir todos os democratas, todos os antifascistas, todos os que despertam para a defesa de um Brasil livre e soberano –ainda que possamos ter trilhado no passado caminhos diferentes e até opostos, em algum momento.

A luta pela liberdade de Lula deve ser o cimento que estrutura essa ampla frente.

Nesse caminho, há que dar um passo de cada vez. Na reunião deste domingo, várias pessoas perguntaram sobre a candidatura de Lula, sobre candidaturas futuras, sobre um nome a ser indicado por Lula.

O deputado Paulo Teixeira, do PT, também presente à reunião, que teve a participação de mais de 120 pessoas, apontou um caminho: agora é hora de união total, ampla e democrática; quando for a hora de definir candidatura, a frente saberá decidir. De qualquer forma, a melhor maneira de fortalecer qualquer nome que seja é na luta.