Mais de 20 tiros foram disparados nesta madrugada contra o Acampamento Marisa Letícia, em Curitiba. Atingido no pescoço, o sindicalista Jeferson Lima de Menezes, 39, foi levado à UTI do Hospital do Trabalhador, onde respira por aparelhos. Uma mulher também ficou ferida, mas sem gravidade. Conforme a polícia, cápsulas de pistola 9 mm foram recolhidas no local pelos peritos. Um inquérito foi aberto.
Relatos dos participantes do acampamento afirmam que um homem desceu de um carro e fez os disparos. Eram 4 horas da manhã. Antes, rojões tinham sido disparados e um carro circulara pelo local ameaçando os acampados. “Vou voltar para te matar!”, ouviram.
O atentado ocorre um mês após o que atingiu a caravana de Lula pelo Sul, quando tiros foram disparados contra os ônibus do comboio, não provocando feridos. Autores daquela tentativa de homicídio, em 27 de março, ainda não foram identificados.
Que ninguém se engane por versões que tentam transformar o atentado em “caso isolado” ou fazer dele “apenas” uma escalada do Fla-Flu político.
O ataque não foi contra o PT, a CUT ou MST. Os tiros desta madrugada são contra a democracia.
Apontam para a ação de bandidos fascistas que agem sem freios. Reforçam a necessidade urgente de os democratas do país se unirem numa frente contra o fascismo que avança na sociedade, alimentado pela dramática crise política, econômica e social que o país atravessa desde do golpe de 2016.
O assassinato de Marielle e Anderson, no Rio de Janeiro, é parte do mesmo processo em que o golpe jogou o Brasil, de esfarelamento das instituições.
O atentado quer matar, espalhar o medo e acabar com a resistência democrática e pacífica em Curitiba. Tudo que os direitistas querem é que Lula seja abandonado e esquecido em Curitiba, que ele fique fora da disputa eleitoral –o objetivo final do golpe, enfim desmascarado.
Por isso, é hora de reforçar o acampamento em Curitiba, ampliá-lo com a solidariedade de democratas de diferentes matizes.
Defender a liberdade de Lula e a existência do acampamento é crucial não só para as forças de esquerda, mas para todos que querem que o país volte a ter um futuro na democracia -representantes de religiões, sindicatos, associações de classe, artistas, partidos políticos, intelectuais, movimentos populares, todos os que trabalham e anseiam por um Brasil livre, justo, democrático e soberano.
O Primeiro de Maio unificado em Curitiba é uma oportunidade de dar uma resposta forte e unitária contra os que golpeiam a democracia, destroem o país e atacam a sua soberania.
Deixar um comentário